12.12.08

Esvai, flui, acaba.

Matei o meu melhor amigo,e acho que sentirei saudades.

Eu esqueci-me de quem sou, e fingi estar doente.

Amaldiçoado porque sou, o maldito de toda a gente.

Ansiedades a que me dou, e a todos que trago comigo.

Era noite, estava escuro, e nem sei o que procuro.

Vem, abraça-me mãe, não os deixes levar-me a esta hora.

Quem não tem, procura ter, e saber, ou vai embora.

Gago já sou e o medo acossou o que eu vi lá fora.

Sai de mim, estou morto agora cheguei ao fim.

Foi assim, que desisti da vida e abri a ferida.

Deixa-me esvair em sangue, ninguém me vai chorar por ti.

Ninguém quer saber dos idos, ignorados e esquecidos.

Como todos os que perante mim se foram e eu não vi.

Chegou ao fim.

Fim.

1 comentário:

Seraphine disse...

Gosto. Palavras mpesadas, abre a janela e deixa que a luz da lua te traga uma lufada de ar fresco e sorrisos =) *